CCLivros CCSexta

Centro de Treinamento: o que os leitores dizem de Jogos Vorazes

24.3.12Dana Martins


No dia da estreia do filme decidimos fazer um Centro de Treinamento com depoimentos de fãs. Nós pedimos e vocês, lindos como são, mandaram textos dizendo o que achavam de Jogos Vorazes. O resultado disso é esse post, que mostra como pessoas diferentes (garotos e garotas, uns que conheceram "do nada", outros que já começaram com uma tonelada de preconceito) acabaram se tornando fãs da trilogia criada por Suzanne Collins. Eles respondem perguntas básicas (Como conheceu a trilogia? Por que leu? Gostou?) e ainda falam muito mais.

Nós temos o orgulho de anunciar o 74º Jogos Vorazes que recebemos mais de 20 textos, então decidimos começar aos poucos e postar alguns deles. Vamos utilizar todos, mas ainda estamos vendo a melhor maneira de aproveitar os textos de vocês. MUITO obrigado pela participação, estamos muito felizes. E não esqueçam: vocês têm ponto extra na promoção do box de Jogos Vorazes.

Clique em "Continue Lendo!" para ler os cinco depoimentos que selecionamos para o CdT de hoje.


>>>Bárbara Martins
-Honra de ser tributo
Foi através de comentários positivos em blogs e redes sociais que li pela primeira vez sobre Jogos Vorazes, sem nem mesmo saber que se tratava de uma trilogia literária que, para minha surpresa, se tornaria não um vício, mas uma devoção. Tudo bem, a palavra "devoção" pode ser um pouco exagerada demais, porém, posso dizer com certeza absoluta que os livros de Suzanne Collins vão ficar naquela prateleira especial da minha estante que, até hoje, não havia abrigado uma trilogia tão única e tão rica quanto a da autora norte-americana.

Fui oficialmente apresentada a Jogos Vorazes pela minha melhor amiga que, na época, me emprestou o livro e foi só elogios para a série. Nunca tinha lido um livro tão rápido na minha vida: dois dias. Imediatamente saí para comprar os outros dois. Logo encontrei-me naquele caminho tortuoso pelo qual todo fã passa ao longo de uma leitura que amam: queria saber o quanto antes o desfecho da história mas, ao mesmo tempo, não estava pronta para um fim.

Hoje, agradeço minha amiga por ter me apresentado a Katniss Everdeen, a heroína que habitou meus sonhos por diversas noites. Suzanne Collins me converteu em "tributo" ao criar um mundo ao mesmo tempo fictício e muito real, representando nossa sociedade de forma exagerada, mas muito pertinente, que é politicamente engajada e aberta a inúmeras interpretações, e marcou a minha vida de uma forma que nunca poderia imaginar.


Devo dizer que só ouvi coisas boas a respeito do primeiro volume da trilogia de Suzanne Collins. Eram leitores que o classificavam como o livro favorito, outros que o consideravam o lançamento do ano e por aí vai. Fiquei somente postergando a leitura do livro por diversos motivos e, com a proximidade do lançamento do filme, surgiu a vontade novamente e a oportunidade. Por fim, havia devorado o livro e o recomendado para várias pessoas. Não sei se posso dizer que superei minhas expectativas - afinal, estou acostumado com algo bem chato chamado fanatismo -, mas o livro me cativou e me prendeu de maneiras especiais e habilidosas. Suzanne Collins conseguiu transmitir ao leitor a emoção dos momentos e dos personagens, fazendo todos rirem, chorarem, torcerem e celebrarem junto com todos de Panem. Somente não aguardava por tantos personagens - e com nomes um pouco estranhos, o que tornou tudo mais difícil do que poderia ser somente pela quantidade. Um comentário que ouvi e que refleti sobre mais tarde foi a respeito do livro tratar de romance, mas não ter isso como foco - excluindo qualquer movimentação de “teams” Peeta ou Gale. O romance está ali. As relações prometem ser desenvolvidas. Mas isso é só uma parte da grandiosidade da história de Jogos Vorazes. O livro tem muito a oferecer para os leitores que se interessarem por sua proposta. Emocionante, cativante e original, está aí um romance distópico que não vai sair da cabeça das pessoas por um bom tempo.


- Antes
Eu ouvi falar desse livro um bom tempo antes de ler. Eu não lembro direito, mas foi em 2008 quando eu estava na casa da Dana (aqui do blog) e ela estava lendo “Jogos Vorazes”. Mas eu não ouvi quase mais nada sobre a série, só ano passado que outra amiga minha também me indicou. Até esse momento, o livro ainda não despertava muito interesse em mim. Tudo mudou numa bela tarde de verão do ano passado em que eu passeava por uma livraria e bati o olho no box todo lindo da trilogia, todo de capa dura, todo por uns €20 (mais ou menos 50 reais). Daí comprei, né. E foi assim que minha vida mudou para sempre. *Final dramático*

- Depois
Eu posso contar nos dedos de uma mão outros livros que tenham me afetado tanto quanto esses. Eu acho que posso dizer que o primeiro livro eu até li como uma pessoa "antes de saber da fama", já que eu quase não ouvia falar. Eu estava muito ocupada e com a cabeça a mil, mas isso não me impediu de passar do “total desinteresse” para “absoluta obsessão”. Eu devorei os dois primeiros livros e foi aí que eu parei, literalmente em choque, apavorada. Quando eu terminei "Em Chamas" eu fiquei com MUITO MEDO de ir para "A Esperança".

- Post Mortem
Embora esses livros estejam na parte de Young Adult de qualquer livraria, eu não tenho dúvida de que a mensagem por trás deles, ou por trás dos romances ou conflitos adolescentes, ou o que você quiser chamar, causem um impacto daqueles que deixam a gente sem ar em leitores de qualquer idade. Como a própria Dana me ajudou a colocar em palavras depois, a história faz a gente parar pra refletir sobre essas coisas que estão erradas com o mundo de um jeito diferente. Como a narrativa é em primeira pessoa, também nos ajuda a enxergar mais o que guerras, abusos e maus tratos deixam em cada indivíduo. O que fica marcado quando tudo isso acaba, as coisas irreparáveis, nas pessoas.
Enfim, recomendo, recomendo e recomendo pra qualquer um que ache que consiga sobreviver ao final.


Um dia minha mãe bateu na porta do meu quarto, e disse:
-Rachel,  comprei uma coisa para você!
E logo vi que era uma sacola da livraria Saraiva, abri e me deparei com um livro preto, com um símbolo de um pássaro inscrito em uma circunferência, achei aquilo meio estranho, mas ao mesmo tempo me chamou bastante atenção. Nunca tinha ouvido falar nesse livro, minha mãe disse que o vendedor leu e falou que era muito bom, mas que ainda não fazia muito sucesso. Logo que a minha mãe saiu do meu quarto, comecei a ler a orelha do livro, achei o resumo tão interessante, que não via a hora de começar a ler, então li em menos de um dia, quando acabei fui correndo para a Saraiva e comprei os outros dois, "Em Chamas" e "A Esperança", li todos sem nenhuma preocupação, pra mim aquela série era minha vida, não conseguia desgrudar dela, reli os livros duas vezes.

Depois dessa trilogia, meu pensamento mudou. Nunca gostei muito de Reality Shows e nem de violência, mas esse livro me encantou. Agora tudo o que eu faço é diferente, nunca mais reclamo com a minha mãe. Se ela me der uma roupa que eu não goste, eu agradeço. Se ela fizer uma comida que eu não goste, eu não cuspo fora, eu engulo, porque sei que muitas crianças estão morrendo de fome agora.

Depois de alguns dias, eu comecei a indicar para as minhas amigas, todas ficaram maravilhadas com a história, depois de pouco tempo, o colégio INTEIRO estava lendo, e viciado. Eu indicaria esse livro porque ele é para todo o tipo de leitor maníaco, porque envolve todos os tipos de gêneros, como por exemplo, romance, aventura, etc.


Eu conheci Jogos Vorazes (filme e livro) em agosto de 2011, quando o primeiro teaser do filme foi lançado, se não me falha a memória. Achei o sinopse interessante, mas não dei muita bola, pois, mesmo que quisesse, estava sem tempo para ler. Mas fiquei de olho no material de divulação do filme, já que seria estrelado pela Jennifer Lawrence, que eu adoro. Então, em fevereiro deste ano, a divulgação do filme foi aumentando e esta me fisgou bonito. Resolvi ler o livro antes de ver o filme, e, bem, ele superou todas as minhas expectativas. Achava que era um romance adolescente um pouco mais desenvolvido que a saga Crepúsculo, mas o que eu li  foi uma estória não só sobre uma adolescente em um mundo pós-apocaliptico, mas sim um protesto nas entrelinhas da visão da protagonista em relação às injustiças que nações capitalistas e que concentram poder político, financeiro e bélico exercem sobre o resto do mundo. Tudo em proporções pequenas, é claro, mas ainda assim feita de uma maneira fantástica. E depois dele, devorei "Em Chamas" em dois dias, e saí falando da trilogia por aí (se a Rocco e a Paris Filmes quiserem me contratar como promoter...). Meus amigos conseguiram ficar vidrados na história de Panem e na visão de Katniss também. Alguns leram os livros, mas a maioria está mesmo é ansioso para ver o filme. E eu estarei lá, na estreia, gritando com a Katniss: "I VOLUNTEER AS TRIBUTE!".


Eu era “Team Battle Royale”, procurava artigos, posts, trailers sobre Hunger Games só para comentar que era uma cópia barata de Battle Royale, que não davam o valor merecido ao “original” só porque não era americano, e me achava o maioral fazendo isso. Eis que, enquanto tagarelava no Twitter sobre exatamente essa revolta, alguns conhecidos revelam-me que leram e gostaram de Hunger Games. E lá vou eu ao ataque: “Hunger Games é plágio!”, “Suzanne Collins é uma ladra!” e eles me perguntam: “Você já leu o livro?”. E aí está, eu só havia lido resenhas e resumos, todos eles reduzindo Hunger Games a uma historinha de crianças matando umas as outras no meio do mato, um resumo que também encaixa perfeitamente em Battle Royale. Meus amigos, muito insistentes, convenceram-me a ler o primeiro livro da série.

Li, me surpreendi, e engoli minhas palavras. Sim, o princípio básico está lá, e nada nesse mundo vai me convencer de que Suzanne Collins não havia lido Battle Royale antes de escrever Hunger Games, mas existem diferenças originais suficientes para cativar o mais cabeça-dura dos leitores (como eu). Inventei apelidos para os personagens, xinguei os vilões (e a heroína, aquela pentelha), e agora vou à pré-estreia do filme.

Enfim, aprendi mais sobre mim do que sobre os livros em si com essa experiência. Antes de julgar qualquer coisa, é bom olhar por todos os ângulos, posso estar perdendo algo bom.

TAGS: , , , , , , , , ,

MAIS CONVERSAS QUE VOCÊ VAI GOSTAR

7 comentários

  1. Bom, se eu não tivesse vergonha mandava meu depoimento. Anyway, eu de certo modo concordo com a Tia Margô (Mãe da Igra aqui do Blog) e com a Dana, as duas conversando é demais. Serio, depois de escutar elas conversando fiquei pensando ''meu deus, de certo modo vivemos isso''.

    ResponderExcluir
  2. Meu depoimento entrou nesse primeiro post! *---------------------*

    "Inventei apelidos para os personagens, xinguei os vilões (e a heroína, aquela pentelha), e agora vou à pré-estreia do filme."
    meu chará ficou alucicrazy com THG, hahaha!

    ResponderExcluir
  3. Eu amo Jogos Vorazes! Primeiro ponto que me atrai é por ser algo que trabalha com o que temos nos dias de hoje: uma sociedade que só sabe sugar e "qualquer coisa" pode se tornar uma guerra, a qualquer momento. E o pano de fundo que Suzanne coloca é exatamente esse, as consequências que o mundo teve por culpa do ser humano, egoísta do jeito que é.

    A trilogia é algo mágico, não deixa nenhum furo e tudo se encaixa perfeitamente.

    O filme também não deixa a desejar. Apesar de ter pulado algumas partes, o que é normal, foi uma adaptação fiel ao livro. O que me deixou mais feliz com o filme foi que conquistou o interesse do meu marido e ele lerá a série! Três vivas! \o/

    Um beijão,
    Pronome Interrogativo.
    http://www.pronomeinterrogativo.com

    ResponderExcluir
  4. Olá, Dana!
    Jogos Vorazes é muito bom! Impossível não gostar dos livros - e agora - do filme! :)
    Tenha uma maravilhosa semana!
    Beijos!

    ResponderExcluir
  5. o que eu sei é que eu entrei naquela arena junto com Katniss, vi a explosão dos alimentos, eu estava lá em silêncio na morte da Rue, observei Katniss cuidar do menino do Pão, percebi ela sentir algo dentro dela em um certo beijo, senti com ela o medo de perder Peeta, e os vi dividir amoras.
    Não é apenas um livro! Eu vivi aquilo, cada página, frase, virgula ou acento.

    ResponderExcluir
  6. Adorei os depoimentos. Eu estava muito ansiosa para assistir o filme, e achei ele maravilhoso, gostei muito de não terem mudado muitas coisas. E os livros são ótimos, li ano passado e fiquei doida, li os tres em uma semana.

    Beijos, juh
    livroseconversas

    ResponderExcluir

Posts Populares